quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Energia eólica na China



O jornal chinês Shanghai Daily publicou, no final do ano, uma notícia considerada alvissareira: 3% da eletricidade gerada na China será, em 2015, energia eólica. O problema é que isso parece pouco. E é mesmo. Mas a verdade é que não é fácil mudar a matriz energética de um país.

Nesta semana, houve uma poluição tão grande em Pequim que obrigou as autoridades a fecharem aeroportos, devido à baixa visibilidade. Ou seja, é poluição pra México nenhum botar defeito. Então, por que esse mirrado índice de 3% merece ser notícia de jornal?

O que ocorre é que a energia eólica é extremamente cara, quase proibitiva, ainda mais para uma população majoritariamente pobre como é a da China.

E olhe que o regime de ventos na China não é dos piores. Mas o que acontece é que, em geral, a energia eólica só é viável, economicamente, no formato de geração distribuída, isto é, com pequenos geradores eólicos residenciais.

Estive na Índia e no Nepal, muitos anos atrás. Foram os dois países mais poluídos que já conheci. Acontece que quase todos os indianos cozinham queimando esterco de vaca seco (e não estou brincando), pois a lenha é caríssima e o gás é privilégio de poucos.

Além disso, o transporte público na Índia e no Nepal são absolutamente precários. O resultado é que quase todo indiano tem um carrinho ou uma motocicleta. Carros velhos e fumacentos imperam. Motos mais fumacentas ainda.

A fumaça é tanta que parece efeito especial de filme de ficção científica. No Nepal, a mesma coisa. Talvez seja, também, o caso da China. Nesta época lá é inverno. Em algumas regiões, o tempo fica muito frio e seco, mantendo a poluição perto do solo por muito tempo.

A solução, para países como a China e a Índia, é o biogás, que reduziria drasticamente a poluição. Certamente que os governos da China e da Índia estão trabalhando para melhorar a sustentabilidade da geração de energia.

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