sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Os meninos e a energia da Natureza


Dois meninos. Um negro e um branco. Ambos brilhantes. Ambos com propostas para utilizarmos melhor as energias renováveis do planeta.

O menino que domou o vento

O menino negro (hoje já com 25 anos) é William Kamkwamba, conhecido pela alcunha de "o menino que domou o vento". Nascido em Malaui, país centro-africano de 15 milhões de habitantes, em 2000 ele e sua comunidade passaram fome numa seca terrível. Ele não pôde mais frequentar a escola, e tinha que procurar raízes e restos para comer.

Não aceitando que esse destino fosse inevitável, William começou a frequentar a biblioteca comunitária de sua cidade. Lá encontrou livros sobre ciência, inclusive sobre motores e geradores elétricos. Um deles ensinava como construir um gerador eólico rudimentar, um moinho, para gerar eletricidade. O livro afirmava que, dessa forma, poder-se-ia bombear água. Isso despertou o interesse de William pois, com uma bomba d'água, ele e sua família poderiam escapar da seca e retomar a lavoura. "Então decidi construir um daqueles moinhos", conta ele.

Seus amigos e vizinhos o chamavam de louco. Diziam que ele havia "fumado muita maconha". Ele carregava peças e sucata para montar seu moinho, com ajuda de um primo e de um amigo. Não conseguiu peças para fazer a bomba hidráulica. Então optou por construir um gerador. Quando conseguiu acender uma lâmpada com seu "moinho de vento", parentes, amigos e vizinhos viram que ele não estava louco. Longe disso.

Pouco tempo depois, ele já havia coordenado a construção de mais geradores, que permitiram às pessoas carregar seus celulares. Além, é claro, da bomba hidráulica que permitiu a seu pai ter duas colheitas por ano.

O responsável pela biblioteca comunitária tratou de espalhar a história de William Kamkwamba e hoje ele é conhecido internacionalmente, tendo um livro publicado.

O menino da energia solar otimizada

O menino branco é o estadunidense Aldan Dwyer, de 12 anos, que projetou um sistema de distribuição otimizada de placas fotovoltaicas, baseado na distribuição das folhas das árvores. Aldan é estadunidense, e ficou famoso por sua descoberta.

De fato, as folhas das árvores têm uma distribuição tal que cada uma delas, mesmo as das camadas inferiores, conseguem captar o máximo de energia solar. A distribuição das folhas das árvores segue uma sequência algorítmica chamada sequencia de Fibonacci. Isso ocorre porque, ao longo de bilhões de anos, os espécimes vegetais com melhor distribuição de folhas receberam mais energia e geraram mais sementes, perpetuando seus gens.

A descoberta de Aldan foi apresentada por ele numa despretenciosa feira de ciências. Muito embora ele tenha cometido um erro na forma de medição da eletricidade produzida, ainda assim é fato que a distribuição de placas proposta por ele gera mais eletricidade por cm2 de placa.

Aldan prossegue, com ajuda de seus professores, a estudar sua descoberta que, até agora, provou ser extremamente eficiente na produção de eletricidade.


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