quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Recesso para descanso



Prezado amigo, prezada amiga.


Este site está num pequeno recesso de final de ano. Voltaremos com energia total em 2012!!


Desejamos a você, leitora, a você, leitor, um ano novo repleto de realizações e evolução pessoal!!


domingo, 18 de dezembro de 2011

Casa ecológica - reciclagem

Imagem: digitalart / FreeDigitalPhotos.net
Se sua casa ainda não tem aquecimento solar, célula fotovoltaica, compostagem de resíduos orgânicos ou geradores eólicos, pelo menos você pode ter reciclagem de lixo, que é o básico do básico.

Muitas pessoas se dizem "ecológicas", desde que ecologia seja só com os outros. Se tiverem que mudar seus hábitos um milímetro, já não querem saber de ecologia. Assim é fácil. Assistem programas sobre meio ambiente na TV a cabo e não têm atitudes ecológicas em seu dia a dia.

Então, vamos fazer um "esforço" e colocar, nas nossas casas, um recipiente de bom tamanho para os plásticos, papéis, vidros e metal que formos descartar. Tem de ser de bom tamanho porque os materiais recicláveis que descartamos estão em muito maior quantidade que o lixo orgânico. Em geral cerca de dez vezes mais.
O material descartável tem que estar limpo. Por exemplo, potes de yogurte devem ser lavados, o que leva cerca de 5 segundos, pois não se trata de esfregar com esponja ou lavar com detergente. É só "passar uma água", como se costuma dizer.

E já que o material descartável é limpo, não vale aquele argumento de muita gente: "ah, mas eu não vou guardar lixo em casa uma semana". Trata-se de vidro, plástico, papel e metal. Não vai "juntar bicho".

Uma questão prática é saber qual o(s) dia(s) em que a coleta de recicláveis passa em sua rua. Em muitas cidades do Brasil essa coleta  não existe ou é muito restrita. Só para citarmos um exemplo, na cidade de São Paulo apenas 1% dos materiais recicláveis são recolhidos separadamente. Em alguns bairros, não há coleta seletiva. E, nos que há, os moradores não têm consciência ambiental suficiente para participar, separando os materiais.

Mesmo que no seu bairro ou cidade não haja coleta seletiva, assim mesmo você deve separar o lixo reciclável. Mesmo que ele seja recolhido pelo caminhão de lixo "normal", a separação facilita imensamente o trabalho dos catadores que recolhem os recicláveis nos lixões, reduzindo-lhes o desagradável contato com lixo orgânico.

Não é preciso quatro recipientes para os quatro tipos de materiais recicláveis. Trata-se de um recipiente só (como o da foto, por exemplo) que irá receber embalagens plásticas, latas de cerveja e refrigerante, jornal velho, caixas de papelão e frascos de vidro, entre outros materiais.

Separar o lixo reciclável é um ato de respeito com o planeta. E é bastante educativo, também. Como foi comentado acima, a quantidade de lixo reciclável que produzimos é tão grande que algumas pessoas chegam a ficar chocadas. Quem sabe isso as ajude a mudar seu padrão de consumo, reduzindo o uso de embalagens, potinhos, frasquinhos e sacolas plásticas...

No link http://www.ecourbis.com.br você tem acesso ao dia e horário em que a prefeitura de São Paulo faz a coleta seletiva na sua rua. Coloque seu CEP, número da residência e selecione a opção coleta diferencidada, para obter a informação.




quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Casa ecológica - compostagem

Aqui o site original desta imagem
Quando eu era criança, no interior, costumávamos separar um pedaço do quintal para fazer compostagem. Enterrávamos cascas de frutas, restos de comida, etc, e aquilo virava um adubo de primeira. Em certas épocas do ano, simplesmente não produzíamos lixo. Que tal planejar as cidades para que as casas - ou os quarteirões - tenham um local de compostagem? Se o lixo reciclável for efetivamente reciclado e o não reciclável for transformado em adubo, a produção de carbono cai drasticamente. Nesses quintais poderia se plantar árvores, fazer hortas, jardins...

O lixo orgânico também pode ser usado para produzir energia, através da queima, como mostramos aqui. Também é uma forma de energia renovável. Mas neste post falaremos de como é possível que uma casa reduza ou até elimine a produção de lixo orgânico, simplesmente colocando-o para se transformar em adubo.

Aqui cabe uma crítica e um pedido aos senhores arquitetos e engenheiros civis. Projetem casas e apartamentos com uma área onde se possa fazer compostagem, onde se possa instalar um aquecimento solar de água, uma placa fotovoltaica, um pequeno gerador eólico de eletricidade, e tanque para armazenamento de água para reutilização, com captação de águas pluviais. Procedendo desta forma, os senhores estarão dando uma contribuição inestimável ao meio ambiente.

Além da compostagem do lixo, já existem equipamentos para fazer a compostagem dos dejetos humanos. Sim, acredite, é possível morar numa casa que não joga esgoto nos rios.

Veja a descrição de um desses equipamentos, deste site da empresa Sun-Mar, que os vende:

O Excel é a nossa unidade mais vendida nos EUA e por boas razões. É um toillet com um compartimento biodigestor [bio-drum] de alta capacidade, é muito simples de operar, possui tecnologia bem comprovada e é extremamente confiável. O Excel foi o primeiro banheiro de compostagem auto-suficiente que foi certificado pelo National Sanitation Foundation (NSF). Então, quando você compra um Excel, você está literalmente comprando um banheiro de compostagem que estabelece o padrão.

O Excel tem capacidade suficiente para que ele possa ser usado em qualquer lugar, em residências, casas e até mesmo em pequenos estabelecimentos comerciais.

Para simular o uso residencial do Excel, ele foi testado pelo National Sanitation Foundation (NSF) na capacidade máxima para seis meses contínuos, durante o qual o Excel não produziu odor e produziu composto, de maneira limpa e segura. Somente unidades Sun-Mar auto-suficientes são listadas para uso residencial e em casas de campo pela NSF, cujo padrão # 41 é o padrão mais difícil de ser atingido no desempenho de compostagem no mundo.

Os dois tubos de ventilação são acoplados na parte traseira superior do Excel e podem ser instalados de forma invisível, fazendo-o passar através da parede até o exterior. Para maior conforto, o Excel tem um apoio para os pés resistente destacável que pode ser removido para retirar a gaveta de compostagem.

Em uso normal, o Excel pode normalmente evaporar todos os líquidos, no entanto, um tubo de drenagem de emergência de ½ polegada está instalado na retaguarda e deve ser conectado se a unidade estiver sendo utilizada em residência ou em utilização pesada, ou se é esperada falta de energia prolongada.
Para algumas pessoas, principalmente da classe média alta, ecologia é assunto chic, desde que não interfira nos hábitos de vida perdulários e anti-ecológicos que esses cidadãos costumam manter. Um toillete que produza composto orgânico no próprio banheiro da casa é impensável para essa mentalidade. Mas lá nos EUA e na Europa muitas pessoas já estão fazendo isso.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Casa ecológica - placa solar

Telhas fotovoltaicas dispensam a necessidade de placas. Site dessa imagem aqui

A energia fotovoltaica é produzida devido ao fenômeno físico chamado efeito fotoelétrico.

O efeito fotoelétrico foi descoberto  por acaso em 1887 por Heinrich Hertz. Mas a explicação para ele só foi possível após a descoberta do elétron. Foi Albert Einstein, em 1905, que explicou o que ocorria. Na verdade, elétrons que recebem radiação eletromagnética (luz, por exemplo), em determinadas condições, poderiam ser ejetados dos átomos a que estavam ligados, resultando assim em produção de eletricidade a partir da luz.

Nos dias de hoje, as placas fotovoltaicas estão evoluindo, conseguindo mais eletricidade por m2. Ainda assim, é uma energia muito cara para se produzir em larga escala. Na verdade, é cerca de quatro a seis vezes mais cara que a geração hidrelétrica. No entanto, boa parte desse valor desaparece quando se trata de geração distribuída, ou seja, geração na própria residência, condomínio ou empresa.

Hoje existem as telhas fotovoltaicas e até a tinta fotovoltaica, com a qual se pode pintar um telhado ou uma parede para produzir eletricidade.

Para que essa forma de geração valha a pena, é necessário que o consumo se reduza, através da adoção de lâmpadas econômicas (de LED, por exemplo) e aquecimento solar para chuveiros e torneiras. E, também, é importante que, durante o dia, a casa seja bem iluminada, dispensando o uso excessivo de iluminação artificial.

A humanidade se tornou extremamente dependente do uso de eletricidade. Todos os nossos aparelhos, inclusive os de comunicação, como telefones, computadores e celulares, utilizam essa forma de energia para funcionar. Assim, é fundamental que possamos desenvolver formas de autossuficiência doméstica para a eletricidade.

A desvantagem da geração centralizada é óbvia: qualquer problema que ocorra na usina, ou nas grandes torres de transmissão, podem provocar um black-out que atinge, por vezes, centenas de milhares ou até milhões de pessoas. A geração de eletricidade descentralizada, ao contrário, permite que o consumidor tenha muito mais controle sobre a energia que utiliza.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A casa ecológica - aquecimento solar

Site dessa imagem aqui
O aquecimento solar é uma forma de reduzir o uso de energia elétrica na residência, condomínio ou empresa. Com isso, fica mais viável que a casa seja autossuficiente, utilizando geração distribuída de eletricidade. 

Explicando melhor: a capacidade de geração de uma turbina eólica, por exemplo, é limitada. Se a casa tiver dois ou três chuveiros, torneira elétrica, aquecedor elétrico central, fica mais difícil suprir tudo isso. Mas se os chuveiros e a torneira elétrica utilizarem água quente oriunda de um aquecedor solar, então fica tudo mais fácil: o gerador eólico consegue prover a eletricidade e o aquecedor solar provê água quente.

O aquecimento solar para a água evita que a energia tenha que viajar por longas distâncias. A energia do sol aquece diretamente a água, e ela é utilizada. Esse é o ponto mais forte da geração distribuída: eliminar a necessidade de grandes instalações de geração, enormes torres de transmissão, milhares de quilômetros de fios. O aquecimento solar é, digamos assim, o uso desburocratizado da energia do sol.

Há empresas especializadas na construção de aquecedores solares. A imagem acima é de um equipamento fabricado por uma dessas empresas. Mas também é possível fazer um aquecedor solar caseiro, mais barato, com materiais simples. Isso tem, claro, a vantagem do preço, mas pode ter algumas desvantagens. Falaremos oportunamente sobre equipamentos artesanais de energias renováveis.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A casa ecológica - energia eólica

Site dessa imagem aqui
A China anuncia, orgulhosa, que três por cento de sua energia elétrica será por geração eólica em 2015. Pode parecer pouco. E é pouco mesmo. Mas é o que o país conseguiu realizar em termos de geração eólica. Estamos falando de grandes "fazendas" de geradores eólicos, cuja imagem já conhecemos. Cada um daqueles geradores exige o desmatamento de enormes áreas, além de produzir uma energia extremamente cara.

Antes que desanimemos ante essa notícia, vamos lembrar que há uma outra forma de encarar a questão da energia: é a geração distribuída, que abordamos frequentemente neste espaço. Cada casa, ou cada quarteirão, ou cada vilarejo, pode produzir sua energia, que é consumida ali mesmo.

É preciso que os governos, além de pensar macro, pense também o micro. Além de prover grandes usinas hidrelétricas, que são fundamentais para o país continuar crescendo, é preciso estimular a geração distribuída, a qual, no futuro, poderá evitar que todo o peso da geração energética recaia sobre os grandes projetos.

A geração eólica local pode dar conta de todo o gasto da residência, ou até mesmo de uma pequena empresa. O esquema para isso é o que está abaixo:

fonte deste esquema aqui
Antes de se decidir por instalar (ou construir) um gerador eólico residencial, é preciso se informar sobre o regime de ventos de sua região. Você pode fazer isso neste site. O Brasil tem um regime fraco de ventos na maioria das regiões. As exceções são o litoral e regiões mais planas, como Brasília.

O ideal é que a geração residencial utilize, junto com a fonte eólica, geradores fotovoltaicos. Uma coisa complementa a outra. Quando não há vento, há sol. E quando não há sol, em geral há vento. Além disso, as baterias que acumulam a carga têm uma certa autonomia.

O importante é que a residência não fique à mercê das variações naturais dos ventos. Somos viciados em eletricidade. Não conseguimos mais ficar sem ela.


sábado, 3 de dezembro de 2011

A casa ecológica - 1

Imagem: photostock / FreeDigitalPhotos.net

Os autores deste site estão convencidos que uma das melhores formas de melhorar a matriz energética do Brasil e do mundo é adotar a geração distribuída, ou seja, a geração de energia na própria residência - ou empresa - na qual ela será consumida. Ou a geração numa comunidade, que pode ser um vilarejo rural ou um quarteirão de grande cidade.

A geração distribuída reduz a necessidade de grandes obras, como fazendas de geradores eólicos ou grandes hidrelétricas. Não que possamos dispensar essas obras. Não seria viável nesse momento. Mas podemos reduzir nossa dependência com relação a elas.

As energias chamadas alternativas (eólica e fotovoltaica, por exemplo) são ainda muito caras, principalmente quando precisam ser geradas em grande quantidade. Cito aqui matéria do site Acordem:
O maior parque eólico brasileiro, o Parque Eólico de Osório (RS), tem uma área de 130 km2 e potência de 150MW. A usina de Belo Monte ocuparia uma área de 516 km2, e teria uma potência de 11200MW. Ou seja, para produzir o mesmo que Belo Monte em termos de geradores eólicos, seguindo a mesma proporção, precisaríamos de nada menos que 9700 km2, quase 19 vezes a área ocupada por Belo Monte (mesmo se todo litoral brasileiro fosse “povoado” com geradores eólicos numa faixa de 1km de largura não seria suficiente). Sem contar o custo. O parque de Osório custou cerca de 670 milhões de reais. Para produzir o mesmo que Belo Monte (ou seja, 74 vezes mais, custaria cerca de 74 x 670 = 49,5 bilhões de reais. O custo estimado de Belo Monte é de R$19 bilhões.
No entanto, se essa mesma geração de energia for gradualmente transferida para as residências, o custo fica diluído. No entanto, isso requer um esforço hercúleo da Nação, desde incentivos fiscais do Governo Federal (que já existem) até um trabalho de conscientização da população, no sentido de mudança de hábitos. Também passa por uma necessária redução dos custos dos equipamentos para uma casa ecológica.

Esta é a primeira de muitas matérias nesse sentido. A meta, ao final desta série, é termos uma família morando numa casa que tem emissão zero de carbono, isto é, uma casa que compensa TODA a emissão de carbono do ser humano em sua vida diária. Será que conseguiremos? Acompanhe-nos para saber.


sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Ainda a geração distribuída


Estamos cansados de ver, no trânsito, pessoas jogando lixo na rua pelas janelas dos carros. Cigarros, garrafas pets, papel de bala, sacolas plásticas. Muitas vezes são carros "chics", indicando que se trata de pessoas que têm bom poder aquisitivo. Mas não têm boa educação. Não se importam com a cidade, com os outros, com o meio-ambiente.

As pessoas estão acostumadas a não pensar nas consequências de seus atos para o planeta. Por exemplo, em geral, gasta-se uma quantidade enorme de detergente para lavar a louça. Quantidade que é desnecessária e, ainda por cima, muito prejudicial ao meio ambiente, mesmo quando a embalagem do detergente diz que ele é "biodegradável".

Outro exemplo: o tempo todo vemos as pessoas lavando calçadas com mangueira, como se a mangueira fosse uma espécie de vassoura líquida. Água é um bem precioso e que já começa a escassear no planeta. Mas se se tentarmos dialogar com essa pessoa que está tendo a atitude irresponsável, provavelmente ela fará uma cara feia e dirá que nós não temos nada a ver com isso, que a água é dela e ela gasta o quanto quiser. Ou então, dará um sorriso e dirá que já está quase terminando.

Enquanto houver essa atitude individualista dos cidadãos, não conseguiremos fazer florescer a ideia da energia renovável, muito menos da geração distribuída.

Como já frisamos aqui, outro fator impeditivo é, ainda, o alto preço dessa forma de geração. Aquecedores solares, painéis fotovoltaicos e geradores eólicos residenciais ainda são muito caros.

Gradualmente, a consciência das pessoas está melhorando. Cada vez mais famílias reciclam seu lixo, economizam eletricidade e água, e têm hábitos de consumo sustentáveis.

Ao mesmo tempo, os equipamentos de geração distribuída, citados antes, começam a baratear.

Se formos colocar num gráfico cartesiano, trata-se, então, de duas linhas inclinadas. A linha da consciência ambiental tem um traçado ascendente. A linha do custo da geração distribuída, por outro lado, é uma linha descendente. Esperemos que elas logo se cruzem, indicando um ponto em que a educação ambiental tenha evoluído tanto, e o preço dos equipamentos tenha se reduzido tanto, que um grande número de famílias adote essa forma de geração de energia.

Que esse dia chegue logo, pois é uma corrida contra o tempo...


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Biogás - o problema vira solução

site original da imagem aqui
Existem muitos problemas a serem resolvidos no nosso modo de vida urbano. Citamos aqui dois deles:

- a produção diária de lixo pela população - Em nosso país, não há estatísticas exatas da quantidade de lixo produzida pelos aglomerados urbanos, mas acredita-se que esteja entre 1 a 2 kg por residência, por dia.(1). Os lixões, em muitas partes do Brasil, já estão a se esgotar. Nas capitais, esse processo está em ritmo acelerado, colocando às prefeituras e governos estaduais questões de saúde pública.

- a necessidade de fornecer eletricidade a mais e mais famílias - Este é outro desafio. O Brasil tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, baseada na geração hidrelétrica. Usinas como a de Belo Monte, embora sejam alvo de uma campanha por parte de ONGs dos EUA e Europa (regiões que usam a geração a carvão como matriz!!) são a opção mais viável. Mas o Brasil começa, também a utilizar outras formas de geração.

O lixo orgânico contém um alto potencial de geração de calor. Em certas condições, ele se transforma num verdadeiro biocombustível, fazendo funcionar usinas que geram eletricidade, biogás e... fertilizante agrícola!!

Dessa forma, dois problemas somados resultam em... soluções!

Recentemente, um shopping em São Paulo teve que ser evacuado porque, tendo sido construído sobre um lixão (!!), o prédio estava sendo invadido por gás metano, altamente inflamável, com risco de explosão. O problema foi resolvido com instalação de tubulações que direcionam esse gás para a atmosfera. Ora, o gás metano produz o chamado efeito-estufa, causador de aquecimento global. Aliás, o gás metano é ainda pior do que o CO2 como causador de aquecimento global. Ao invés de a prefeitura ter autorizado a construção do shopping, deveria ter construído uma usina de produção de biogás e eletricidade no local.

A produção de energia a partir do lixo exige algumas condições. Primeiro, mudança de hábitos: a população tem que separar o que é lixo orgânico (cascas de legumes, restos de comida, etc) do que é reciclável (plásticos, papel, vidro e metal). Esse lixo orgânico sofre processos químicos pela ação de bactérias, em enormes recipientes conhecidos como biodigestores. Desse processo resulta o biogás, que é então usado para produzir eletricidade, alimentar fornos em empresas ou até para mover veículos!!

Em pequenas cidades, pode ser uma solução para iluminar praças públicas, por exemplo. Ou para abastecer, com biogás, os veículos municipais.

Cada vez mais, essas soluções terão que ser adotadas, pois manter lixões sendo continuamente alimentados com toneladas de lixo, não é sustentável.

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(1) É uma quantidade ainda baixa. Nos EUA, por exemplo, onde os hábitos de consumo não são os mais adequados ao planeta, produz-se muito mais, da ordem de 3 a 5 kg por pessoa por dia. Agora, com a crise, talvez eles estejam sendo forçados a repensar esse modo de vida...