Petrobras e as energias renováveis
Do blog da Petrobras:
A Petrobras informa que as usinas Potiguar, Cabugi, Juriti e Mangue Seco, que compõem o Parque Eólico de Mangue Seco, já estão operando comercialmente no Rio Grande do Norte. Com investimento de R$ 424 milhões, o primeiro Parque Eólico da Petrobras entrou em operação comercial oito meses antes do compromisso assumido com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Os contratos de venda de energia para as usinas foram ofertados no primeiro leilão de energia eólica, realizado em dezembro de 2009 e são válidos por 20 anos. O certame de 2009 previa que a energia gerada pelas usinas seria disponibilizada para o Sistema Interligado Nacional em 1º de julho de 2012, mas a Petrobras antecipou o cronograma e todo o parque eólico está em operação comercial desde esta terça-feira (1º de novembro), com a entrada em operação da última usina, a Juriti. A usina de Potiguar está em operação comercial desde 26 de agosto de 2011 e as usinas , de Cabuji e Mangue Seco, desde 24 de setembro de 2011 e 6 de outubro de 2011, respectivamente.
Localizadas no entorno da Refinaria Potiguar Clara Camarão, às margens da Rodovia RN 221, em Guamaré, as usinas são constituídas por 52 aerogeradores de 2 megawatts (MW) cada. Estas características fazem com que o Parque Eólico de Mangue Seco possua a maior capacidade instalada no país com este tipo de aerogerador (104 MW), suficientes para suprir energia elétrica a uma população de 350.000 habitantes.
A energia eólica é, ainda, muito cara. Porém, em regiões mais pobres, em que a eletricidade ainda não chegou, ela pode ser uma alternativa bem econômica, pois são pequenos núcleos de geração distribuída, eliminando a necessidade de grandes torres de transmissão, reduzindo o uso de fios.
Biocombustíveis
fonte desta imagem: http://www.grupoexal.com.br/exal-consultoria/recuperacao-de-etanol/ |
Outra inciativa que, parece, a Petrobras irá tomar, é começar a produzir etanol. O Ministério da Fazenda teria ficado muito irritado com a evidente especulação perpetrada pelos usineiros (1) sobre o preço do álcool. A cada época eles dão uma desculpa para elevar o preço do produto. Ora é a entressafra, ora é a falta de chuva, ou o excesso de chuva. Uma das soluções encontradas pelo Governo para que não haja novos sobressaltos no setor é de colocar a Petrobras no setor com força, acumulando grandes estoques reguladores. Dessa forma, o preço do etanol não ficaria mais à merce da sede de lucros das usinas.
Um passo importante para isso já havia sido dado em abril, quando o Governo editou medida provisória classificando o etanol como combustível, e não mais como produto agrícola. Com isso, o setor passou a ser regulado pela Agência Nacional de Petróleo. Também na ocasião, o Governo havia estabelecido a nova margem de mistura de etanol à gasolina, para porcentagens entre 18% e 25%. Os usineiros responderam a isso, meses depois, com uma punhalada nas costas: aumentos brutais no preço do produto. Resultado: o Governo reduziu, temporariamente, a adição de álcool à gasolina, além de ter que importar etanol, tudo para forçar a baixa dos preços.
Mas essa atitude dos usineiros gerou, no Governo, uma necessidade de achar saídas para que os eventos não se repitam novamente em 2012, com os usineiros aumentando o preço do produto, provocando, assim, pressão inflacionária.
Mas essa atitude dos usineiros gerou, no Governo, uma necessidade de achar saídas para que os eventos não se repitam novamente em 2012, com os usineiros aumentando o preço do produto, provocando, assim, pressão inflacionária.
Se se confirmar a intenção da Petrobras de produzir álcool anidro para regular preços, certamente a porcentagem permitida de etanol à gasolina subirá. Com isso, o Brasil, que já é o maior produtor e o maior consumidor de biocombustíveis do mundo, ampliará ainda mais essas marcas.
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(1) Quando se fala em "usineiros", logo vem à mente um sujeito de seus 50 anos, chapéu de cowboy e botas de cano longo. Mas não é mais esse o caso. Hoje o setor é dominado por enormes empresas multinacionais, embora ainda existam pequenos produtores.
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