sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Brasil sustentável

Petrobras e as energias renováveis



Do blog da Petrobras:


A Petrobras informa que as usinas Potiguar, Cabugi, Juriti e Mangue Seco, que compõem o Parque Eólico de Mangue Seco, já estão operando comercialmente no Rio Grande do Norte. Com investimento de R$ 424 milhões, o primeiro Parque Eólico da Petrobras entrou em operação comercial oito meses antes do compromisso assumido com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Os contratos de venda de energia para as usinas foram ofertados no primeiro leilão de energia eólica, realizado em dezembro de 2009 e são válidos por 20 anos. O certame de 2009 previa que a energia gerada pelas usinas seria disponibilizada para o Sistema Interligado Nacional em 1º de julho de 2012, mas a Petrobras antecipou o cronograma e todo o parque eólico está em operação comercial desde esta terça-feira (1º de novembro), com a entrada em operação da última usina, a Juriti. A usina de Potiguar está em operação comercial desde 26 de agosto de 2011 e as usinas , de Cabuji e Mangue Seco, desde 24 de setembro de 2011 e 6 de outubro de 2011, respectivamente.

Localizadas no entorno da Refinaria Potiguar Clara Camarão, às margens da Rodovia RN 221, em Guamaré, as usinas são constituídas por 52 aerogeradores de 2 megawatts (MW) cada. Estas características fazem com que o Parque Eólico de Mangue Seco possua a maior capacidade instalada no país com este tipo de aerogerador (104 MW), suficientes para suprir energia elétrica a uma população de 350.000 habitantes.
A energia eólica é, ainda, muito cara. Porém, em regiões mais pobres, em que a eletricidade ainda não chegou, ela pode ser uma alternativa bem econômica, pois são pequenos núcleos de geração distribuída, eliminando a necessidade de grandes torres de transmissão, reduzindo o uso de fios.

Biocombustíveis

fonte desta imagem: http://www.grupoexal.com.br/exal-consultoria/recuperacao-de-etanol/
Outra inciativa que, parece, a Petrobras irá tomar, é começar a produzir etanol. O Ministério da Fazenda teria ficado muito irritado com a evidente especulação perpetrada pelos usineiros (1) sobre o preço do álcool. A cada época eles dão uma desculpa para elevar o preço do produto. Ora é a entressafra, ora é a falta de chuva, ou o excesso de chuva. Uma das soluções encontradas pelo Governo para que não haja novos sobressaltos no setor é de colocar a Petrobras no setor com força, acumulando grandes estoques reguladores. Dessa forma, o preço do etanol não ficaria mais à merce da sede de lucros das usinas.

Um passo importante para isso já havia sido dado em abril, quando o Governo editou medida provisória classificando o etanol como combustível, e não mais como produto agrícola. Com isso, o setor passou a ser regulado pela Agência Nacional de Petróleo. Também na ocasião, o Governo havia estabelecido a nova margem de mistura de etanol à gasolina, para porcentagens entre 18% e 25%. Os usineiros responderam a isso, meses depois, com uma punhalada nas costas: aumentos brutais no preço do produto. Resultado: o Governo reduziu, temporariamente, a adição de álcool à gasolina, além de ter que importar etanol, tudo para forçar a baixa dos preços.

Mas essa atitude dos usineiros gerou, no Governo, uma necessidade de achar saídas para que os eventos não se repitam novamente em 2012, com os usineiros aumentando o preço do produto, provocando, assim, pressão inflacionária.

Se se confirmar a intenção da Petrobras de produzir álcool anidro para regular preços, certamente a porcentagem permitida de etanol à gasolina subirá. Com isso, o Brasil, que já é o maior produtor e o maior consumidor de biocombustíveis do mundo, ampliará ainda mais essas marcas.

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(1) Quando se fala em "usineiros", logo vem à mente um sujeito de seus 50 anos, chapéu de cowboy e botas de cano longo. Mas não é mais esse o caso. Hoje o setor é dominado por enormes empresas multinacionais, embora ainda existam pequenos produtores.

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