terça-feira, 22 de novembro de 2011

Energia vegetal


Existem várias formas de geração de energia a partir do sol, como vimos no artigo anterior. Algumas têm um alto grau de sofisticação tecnológica, como é o caso da geração fotovoltaica. Outras são prosaicamente simples. Entre estas estão as diversas formas de aproveitamento da energia vegetal.

Os vegetais absorvem CO2 da atmosfera e nutrientes da terra. Usando a energia do Sol, combinam esses elementos entre si, para crescer. A energia do Sol fica, então, aprisionada nas fibras vegetais, num estado que os físicos chamam de energia potencial. Essa energia é de excelente qualidade. Só para citar um uso: transformada em calor, ela pode fazer girar turbinas elétricas.

Há muito, no entanto, a humanidade abandonou a biomassa. A descoberta do petróleo, barato e abundante, desencorajou o uso de outras formas de energia. Não valia a pena economicamente. Mas agora, o petróleo é raro e caro. E, de novo, o ser humano se volta para o uso da energia vegetal, na forma de álcool, biodiesel, palha e carvão.

O Brasil é o maior produtor de biocombustíveis do mundo. E também o maior consumidor. Atualmente, a gasolina vendida em nosso país tem nada menos que 20% de álcool anidro. Em 2012 essa porcentagem voltará a ser de 25%. Quanto ao diesel, hoje ele tem uma porcentagem de 5% de biodiesel. Mas os produtores pressionam para que essa porcentagem chegue a 10% em 2012. O governo sinalizou que é simpático à medida.

As indústrias de caminhões já se preparam para, num futuro próximo, produzir motores que funcionem com 100% de biodiesel.

Por outro lado, a produção sustentável de carvão é hoje uma necessidade para o país. O site Paraná Online nos lembra que a indústria siderúrgica consome 35 milhões de toneladas de carvão por ano. Essa quantidade ciclópica pode ser suprida pela agricultura, utilizando apenas 1% das terras agricultáveis do Brasil. Tudo depende de aperfeiçoamento da tecnologia. A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) tem sido referência em todo o mundo nas tecnologias de ponta nessa área, como também na área de biodiesel.

Quanto ao uso da palha vegetal, as grandes empresas agrícolas já estão avançadas nesse setor. Muitas delas utilizam a palha -  resultante de seus processos produtivos - para produzir eletricidade para suas próprias fazendas. Algumas delas conseguem uma eficiência tão grande que acabam gerando um excedente que vendem para as comunidades vizinhas. Ou seja, a empresa agrícola torna-se, também uma mini-usina elétrica.

A energia vegetal tem a vantagem de ser muito simples e não-exigente em termos de sofisticação tecnológica. O Brasil, com sua dimensão continental, cada vez está aproveitando mais essa vocação para produzir energia a partir de fontes vegetais.


Nenhum comentário:

Postar um comentário