quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Créditos de carbono

O direito de poluir


Os créditos de carbono são a típica quantização de tudo que existe em nossa sociedade. Nos dias de hoje, tudo pode ser "comprado", segundo os cânones do neoliberalismo.


Assim, uma empresa poluidora pode "compensar" o mal que faz ao meio-ambiente comprando, de outra empresa, um produto chamado "créditos de carbono".

Digamos, por exemplo, que uma empresa emita, por suas chaminés, gases que contribuem para o chamado "efeito estufa", ou seja, aceleram o aquecimento global. Essa empresa poluidora pode, como forma de compensação, financiar pesquisas que visem reduzir o aquecimento global.

Porém, como dizia Peter Druker, considerado um dos gurus do mundo corporativo, o importante é o que a empresa faz. Não adianta aquela empresa fabricante de cigarros distribuir cestas básicas para famílias carentes. Ela fabrica cigarros!! Ela dissemina doenças!!

Então, em princípio este site não considera os créditos de carbono uma política ambiental séria, embora reconheça que, ruim com os créditos de carbono, pior sem eles.

O que ocorre é que algumas empresas enxergam esses créditos de carbono como uma forma de comprar o direito de poluir. O planeta vem dando mostras bem claras de que as alterações climáticas já estão acontecendo. E créditos de carbono não vão resolver a situação.

É preciso encontrar outras formas de lidar com a situação ambiental. É preciso reconhecer que o ser humano está transformando radicalmente a face do Planeta, sem ter ideia clara das consequências ambientais dessa ação radical.

A Natureza se recicla, se recupera, sempre. Quando um meteoro acabou com os dinossauros, há 65 milhões de anos, a Natureza elegeu outros seres para tomar o lugar dos gigantes que pereceram. O mesmo aconteceu inúmeras vezes na História da Terra. A Natureza se recicla. Só que essa reciclagem pode significar que ela riscará a espécie humana da face da Terra.




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